Sunday, April 13, 2008

Olga


Olga é um filme brasileiro realizado em 2004 pelo diretor Jayme Monjardim, inspirado na biografia escrita por Fernando Morais sobre a alemã, judia e comunista Olga Benário.

Este é o primeiro filme do diretor Jayme Monjardim, especialista em telenovelas. O roteiro foi realizado por Rita Buzzar, com quem o diretor já havia trabalhado anteriormente na telenovela A História de Ana Raio e Zé Trovão, de 1990. A produção também é de Rita Buzzar.

Decididos a fazer uma reconstituição correta do contexto histórico, Monjardim e a equipe de produção foram à Alemanha, onde conheceram os lugares freqüentados por Olga e os campos de concentração onde ela esteve prisioneira. Os cenários foram reconstituídos em estúdio no Brasil. As cenas que se passavam no Rio de Janeiro foram realizadas em locações.

A fotografia é Ricardo Della Rosa, também estreante em longa-metragens. A trilha sonora esteve a cargo de Marcus Viana, compositor com quem o diretor também já havia trabalhado em diversas ocasiões na televisão.





O filme conta a história de Olga Benário Prestes. Nascida em Munique, na Alemanha, em 1908, filha de pais judeus, Olga tornou-se uma ativista do comunismo. Após libertar seu namorado Otto Braun da cadeia, eles são forçados a fugir para a União Soviética, onde recebem treinamento de guerrilha. Olga logo se destaca no Partido Comunista, onde conhece Luís Carlos Prestes, que viria a se tornar um dos principais líderes comunistas do Brasil. Em 1934, quando Prestes volta ao Brasil, designado pela Internacional Comunista para liderar uma revolução armada, Olga é designada para escoltá-lo. Passam a viver na clandestinidade enquanto planejam a derrubada do governo de Getúlio Vargas. Durante este período, a relação amorosa entre Prestes e Olga amadurece e ela fica grávida em 1935.

Quando o movimento revolucionário é derrotado pelas forças de Vargas, Olga e Prestes são presos pelo duro chefe de polícia Filinto Müller. Diante de rumores de que seria deportada, Olga divulga sua gravidez e solicita asilo político por ser casada e estar grávida de Prestes. O governo Vargas, que neste momento simpatizava com a ditadura de Adolf Hitler, deporta Olga, mesmo grávida de sete meses. Na prisão alemã, dá à luz uma filha que batiza de Anita Leocádia, em homenagem a D. Leocádia, mãe de Prestes. Após o período de amamentação, a menina foi retirada de Olga e entregue à D. Leocádia. Após anos de prisão em campos de concentração, durante os quais a opinião pública internacional fez inúmeras tentativas de libertá-la, Olga é morta na câmara de gás. Somente anos depois, Prestes e sua filha leriam a última carta de Olga, onde faz uma comovente despedida.




Através do livro, Jayme revela três traços fundamentais na best-seller história de Olga: compre esperança, saudade e jayme monjardim coragem. As imagens livraria mostradas em Olga por Jayme Monjardim Olga por Jayme Monjardim desvendam o lado sentimental, maternal e familiar desse mito.




De origem judia alemã, Olga nasceu entretanto em Munique, em 1908. premiado A jovem, filha jayme monjardim de um sucesso advogado social democrata e de uma Olga por Jayme Monjardim dama da alta sociedade, ingressa na militância comunista aos 15 anos, em 1923. autor Em 1934, o destino leitura de Olga jayme monjardim mudaria. Ela foi compre designada para assegurar a chegada no Olga por Jayme Monjardim Brasil de Luís Carlos Prestes, onde lideraria a Intentona Comunista de 1935. Vindo escritor da antiga União venda Soviética, o casal jayme monjardim deveria passar por premiado marido e mulher até a chegada Olga por Jayme Monjardim no país natal de Prestes. No entanto, nem tudo saiu como esperado, pois livraria os dois se livro apaixonaram e Olga jayme monjardim engravidou. Anita Prestes leitura nasceu na prisão de mulheres da Olga por Jayme Monjardim Gestapo em 1936. Após 14 meses sendo amamentada pela mãe, Anita é entregue sucesso à avó Leocádia, best-seller mãe de Luís jayme monjardim Carlos. Transferida em venda 1939 para Ravensbruck, campo de Olga por Jayme Monjardim concentração exclusivo para mulheres, Olga morre numa câmara de gás em Bernburg em compre 1942.



O lado feminino, jayme monjardim materno e o livro caráter de Olga são mostrados pelas Olga por Jayme Monjardim fotografias de Jayme de forma suave e serena, enquanto a guerreira em defesa premiado de seus ideais autor surge em tintas jayme monjardim forte. Detalhes das best-seller reações humanas reveladas num mito Olga por Jayme Monjardim da história brasileira e mundial. É dessa forma que OLGA POR JAYME MONJARDIM leitura pretende levar ao leitor escritor a "sua" Olga.



Em sua primeira semana em cartaz na Alemanha, longa-metragem de Jayme Monjardim sobre revolucionária alemã colhe críticas negativas na imprensa.

A aguardada versão cinematográfica do best-seller Olga, escrito pelo jornalista Fernando Morais, não convenceu a crítica especializada alemã, que viu na superprodução brasileira o desperdício de uma grande história. Da fotografia, considerada "opulenta", à trilha sonora apelativa, muitos viram na película dirigida por Jayme Monjardim os excessos típicos de uma telenovela.

A expectativa em torno do filme era grande. Primeiro, pelo fato de a personagem principal se tratar de uma alemã tão fascinante quanto desconhecida na Alemanha (Olga Benario é mais famosa na parte Leste do país).

A presença no elenco de Fernanda Montenegro, atriz premiada em 1998 no Festival de Berlim com o Urso de Prata pelo seu desempenho no consagrado Central do Brasil, de Walter Salles Jr., também parecia dar garantias quanto à boa qualidade do filme, mas para a crítica o resultado final deixou a desejar.

Estréia de luxo

Não será por falta de marketing que Olga irá fracassar na bilheteria. O filme teve no dia 21 de agosto requintada première no Cinemaxx, de Berlim, com direito a toda pompa, 400 convidados vips e espaço de destaque em duas edições do jornal mais popular do país, o Bild.


Apresentado como um "filme contra o esquecimento", que trata do inesgotável tema do passado nazista, Olga poderia ter na Alemanha condições de repetir o êxito de público que alcançou no Brasil, onde foi visto por mais de três milhões de espectadores.


O bem-sucedido produtor de cinema suíço Arthur Cohn adquiriu os direitos do filme nos países de língua alemã, o que possibilita à película de Jayme Monjardim bastante exposição na mídia de países como a Áustria, Suíça e na própria Alemanha. Se isso no entanto vai resultar em lucros astronômicos para o filme, só as próximas semanas é que poderão mostrar.

Grandiloqüência descabida

O jornalista Thomas Kunze, do jornal Hamburger Abendblatt, criticou a película brasileira por seus excessos imperdoáveis. "Lamentavelmente o filme fica aquém de sua dimensão trágica. Ele foi produzido de maneira simplista, com episódios ordenados da forma mais previsível, que fazem de Olga um mero filme de costumes."

Sascha Koebner, da revista de cinema Filmdienst, ressaltou o enfoque naiv na construção de cenas como a do embate nas ruas de Berlim, entre a tropa hitlerista e militantes comunistas: "Do lado direito, os manifestantes; do outro, os soldados nazistas. Os comunistas caminhando forçosamente caóticos e a tropa marchando disciplinadamente. Os cortes são frenéticos, até que tudo descamba em pancadaria".


Para Koebner, a iluminação do filme também é equivocada: "O clima cinzento constante no filme confunde o espectador, que fica sem saber onde os protagonistas estão". A história se passa na Alemanha, no Brasil e na Rússia.

O Tageszeitung, de Berlim, bateu na mesma tecla. "Cinema-telenovela, onde nada soa autêntico, tudo é patético, chegando ao ponto da morte da nobre mártir num campo de concentração alemão. Propaganda kitsch."

O filme Olga poderia ter sido uma co-produção Brasil-Alemanha, mas a idéia não foi muito adiante. A produtora brasileira Rita Buzzar estava em contato com a empresa alemã Magnatel, para que fossem sondados possíveis investidores alemães para arcar com parte dos custos do filme.

A inglesa Phoebe Clark, da Magnatel, afirmou que "os alemães não abririam mão de ter uma atriz alemã no papel de Olga. O que é natural, pois ela era alemã, e se os investidores tivessem que entrar mesmo com tanto dinheiro, eles também gostariam de participar de todas as decisões, da escolha do roteiro até a formação do elenco".


Frank Scharf, sócio de Phoebe na Magnatel, acredita que o filme de Jayme Monjardim não é a versão definitiva da história de Olga. Para ele, não tardará muito para que apareça alguém mais arisco e filme a vida de Olga com atores de renome internacional.

Outro ponto que impediu a co-produção foi o fato de os investidores alemães não quererem um diretor que tivesse feito carreira em telenovelas, como é o caso de Jayme Monjardim, que dirigiu nos anos 80 a inovadora Pantanal, da Rede Manchete, além de Ana Raio e Zé Trovão, entre outras. Além do mais, os alemães consultados pela Magnatel também não teriam gostado do roteiro.

O que também deve ter contribuído para que a crítica cinematográfica alemã não apreciasse o filme de Monjardim foi o fato de já ter sido produzido em 2004 na Alemanha um documentário sobre Olga Benario, dirigido pelo cineasta turco Galip Iyitanir. O filme arrancou elogios dos jornalistas e da parcela principal, o público espectador.

A professora Renate Hess descreve o filme de Iyitanir como simplesmente "impressionante". Tanto que, depois de ter lido o consagrado livro de Fernando Morais e de ter assistido ao documentário, ela não pretende ver a versão de Monjardim. "O que eu acho mais interessante nisso tudo é que Olga ainda continua desconhecida pela grande maioria dos alemães, enquanto no Brasil ela já é mito".

Finda a primeira semana de exibição de Olga nos cinemas da Alemanha, o filme ainda não entrou na lista dos de maior bilheteria.


Based on the true story of Olga Benario, a German communist militant who fell in love with the head of Brazil's communist party while escorting him home from Moscow, "Olga" has historical sweep but little grace. Though selected as Brazil's Oscar nom, its corny characters and scripting keep auds from becoming involved in the romance until well into the second hour, when the heroine begins to unthaw. Emphasis on her tragic end in a German concentration camp probably won't be enough to take this TV-flavored melodrama far with foreign viewers, while its uncritical view of the USSR feels dated.
Director Jayme Monjardim, whose small screen background is evident, opens on Olga (Camila Morgado) as a shaven-headed wretch about to die in Ravensbruck in 1942. The film is told as a flashback as she writes to her young daughter.

In 1928 Berlin, Olga marches with the proletariat for social justice and a brighter future. When her political activities alarm her liberal father and viperish mother, she breaks off relations with her well-to-do Jewish family.

In Moscow, her words inspire a sea of rapt listeners to burst into a chorus of the Internationale. While a glamorous whirlwind montage shows the beautiful Olga flying fighter planes and heroically firing her rifle, dialogue like "I fight alongside the revolution, not a man!" reinforce her unpleasant fanaticism.

Now a top-ranking Soviet agent, she is assigned to protect Luis Carlos Prestes as he makes his way to Brazil, where he is to lead the communist revolution in 1935. Rather unbelievably for a decorated army general, Prestes (Caco Ciocler) turns out to be a good-looking and tenderhearted young man.

After taking leave of his mother (Fernanda Montenegro) and sister, he starts on the long journey with Olga, where they masquerade as wealthy newlyweds. Pic finally turns in a more interesting direction when they let their mutual attraction climax romantically.

Torn between her feelings for the smitten Prestes (who wants to marry her) and her duty to change the world, Olga decides to return to Moscow. But when his bid to launch the revolution fails miserably, she stays by her man.

The heroic lovers are separated and Olga discovers she's pregnant. Brazilian president Vargas makes a present of Olga to Hitler, deporting her to Germany and certain death.

Film's most original and genuinely moving scenes unfold in a Berlin hospital room, where Nazi authorities placate world opinion by allowing her to keep her baby daughter as long as she can breastfeed. Olga's transformation from ideologue into human being and suffering mama is complete, if somewhat spoiled by the melodramatic final scenes in the camp.

With iron will and cornflower blue eyes, Morgado makes a splashy film bow, embodying Monjardim's larger than life view of his heroine. As Prestes, Ciocler plays a romantic hero badly lacking a military dimension. Film's only subtlety comes from the dignified Montenegro.

Tech choices, while professional throughout, never get away from an over-baked TV look, featuring an excess of close-ups, indulgent editing and a musical score ripe with sentiment.

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